Citroen C4 (espécie de diário de bordo)

Para fazer uma pequena pausa da análise de carros do outro mundo, decidi contar como está a correr a minha experiência com o C4 1.6 HDI VTR Pack de 5 portas.

Foi e tem sido um salto gigantesco para mim sendo que andava com um Opel Corsa B de 1998, a segurança a bordo é mais que suficiente, saber que existem vários airbags, ESP, etc, aumenta a confiança mas não ao ponto de se cometer disparates sem sentido. É um automóvel com um aspecto sólido, não me canso de olhar para ele, não tem (a meu ver) ângulos feios ou com formas estranhas. Continuo a achar que saiu muito bem pois não é um automóvel cinzento mas também não é um automóvel que parece saído da Guerra das Estrelas e que em breve se tornará simplesmente feio e insuportável.

Em relação ao motor, nada a apontar, está sempre pronto, o limitador dá muito jeito para ir controlando os consumos, ainda não fui a velocidades muito elevadas (até porque o tempo está mau e o dinheiro não serve para pagar multas) mas deu para ver que é um motor com garra e que não se envergonha minimamente. Não tem aquele "estalo" dos gasolina, mas tem uma elasticidade que aprecio.

Em relação aos interiores, também continuo a dizer o mesmo, acho os assentos muito confortáveis, envolventes e macios. Gosto do facto de ter as informações todas ao centro, tudo electrónico, tudo bastante intuitivo. Gostaria de saber desligar o modo de economia de energia, pois é irritante por vezes estar com o carro desligado e ao fim de algum tempo o rádio simplesmente desliga-se e só volta quando se dá à chave. Deveria dar para eliminar isso.

Em termos de pontos negativos, continuando a questão do modo de economia, quando se puxa o travão de mão por vezes não aparece no mostrador essa informação, o volante dá um estalinho minimo mas que irrita num carro novo, e parece-me que os vidros eléctricos da frente não obedecem prontamente quando clicamos para parar em determinada posição. Pormenores que certamente serão reportados à marca!

Estou em suma bastente satisfeito em todos os aspectos, e de vez em quando vou contando como se anda a comportar o super carro aqui de casa!

Aston Martin V12 Vantage - Fifth Gear

Aston Martin Carbon Black SE

A Aston Martin achou que os modelos V12 Vantage e DBS Coupé (respectivamente), ainda não estavam bem no "ponto", e como sabem a importância dos detalhes neste tipo de modelos, decidiu acrescentar mais um toque de exclusividade e criar a versão Carbon Black. Como o próprio nome indica e como as fotos evidenciam, a ideia aqui foi essencialmente criar uma pintura que sinceramente eu nunca tinha visto, pois consegue de alguma forma "iludir" quem observa de vários ângulos, o toque metálico platinado transforma estes 2 modelos em verdadeiros cavaleiros negros que mais parecem saídos do jogo Need For Speed.

Mas não é só a tinta que importa, também o interior foi alvo de aplicações em carbono, criando um ambiente mais negro que o original e dando um toque que irá de certo agradar aos amantes dos pormenores em algo que já parece perfeito. Também os assentos foram alvo de alterações, conseguindo através do carbono reduzir algum peso (factor muito importante em modelos que vivem dos seus desempenhos).

São pormenores, dirão alguns! Concordo que o restyling não é propriamente o mais exaustivo, mas para uma marca como a Aston Martin, com clientes tão exigentes, acredito que estes "pormenores" irão conseguir atrair compradores ávidos de possuir um Aston com mais uns "pozinhos".

Audi A8

Quando se constrói um modelo que irá estar no topo de qualquer marca existem vários factores a ter em conta: o seu nivel de exclusividade, a sua supremacia perante os concorrentes directos, as inovações que a marca irá lançar mais tarde em modelos de segmento mais baixo. Em suma, é o porta-estandarte, é a jóia  ser cobiçada, portanto todos os pormenores contam!

Situado no mercado das berlinas de luxo, o Audi A8 surgiu em 1994 para dar seguimento ao modelo anterior denominado V8. A grande novidade é que foi o primeiro carro do mundo a ter toda a sua carroçaria inteiramente construida em aluminio, permitindo uma substancial diminuição de peso, ganhando nas prestações, deixando de ser simplesmente um imponente salão sobre rodas!

Os interiores têm tudo o que se pode esperar dum automóvel deste género, pele e mais pele, aplicações em madeira nobre, a sensação de previlégio a bordo é quase obrigatório, que se deixe os interiores espartanos para desportivos que os mereçam, no A8 importa o conforto e a segurança, mas não só! O A8 simboliza poder para quem o tem, tal como acontece com o Série 7 ou o Classe S, não é apenas um automóvel grande e caro, para quem aprecia automóveis o A8 é visto como o que de melhor a Audi tem, é saber que se está a um passo de um mercado ainda mais exclusivo: os super luxuosos, Bentleys, Rolls, ou mesmo o ultra exclusivo Maybach!

Em 1994 começou-se o sonho de elevar a marca dos 4 anéis num mercado muito exigente, e o resultado final é de longe uma vergonha para quem quer que seja!

  

Dodge Viper ACR em Nurburgring

Este Dodge Viper da nova geração tem uma variante talhada, diria quase em exclusivo, para a competição, ou simplesmente para track days. Não há qualquer mordomia no interior, a fibra de carbono impera, 608 cavalos que foram domados na perfeição numa volta espectacular em Nurburgring...apreciem!

Dodge Viper GTS

Uma besta! É a primeira coisa que me apetece dizer perante o Dodge Viper GTS. É simplesmente um dos melhores e mais bonitos super carros de sempre! Rompeu totalmente com tudo o que existia na altura, continua a transpirar potência em doses impensáveis e acima de tudo dá ideia que o modelo de 1992 acabou de sair hoje da linha de montagem. Faz lembrar o Honda NSX que apesar de todos os estes anos decorridos continua perfeitamente integrado no panorama automóvel. Notável! Até digo mais! Se a Dodge optasse por continuar a produzir este mesmo modelo das fotos, continuaria a ser vendido com toda a facilidade. Aliás, prefiro muito mais o antigo que o novo.

A verdade é que colocar um motor usado exclusivamente em pesados parecia à primeira vista algo simplesmente grotesco e sem pernas para andar. O gigantesco motor V10 com 400 Cv é sem duvida o elemento mais bizarro mas que consegue integrar na perfeição o conceito que a marca queria colocar: potência sem controlo, puro musculo só para quem sabe!

Não há absolutamente nada que apele ao conforto neste carro, o mostrador tem como ultimo traço 320 Km/h, os pedais podem ser afastados entre eles para que o piloto (ou simples condutor) esteja mais à vontade, de resto mais nada! Só importa conseguir manter este monstro dentro de pista (ou estrada), e esperar que tudo corra bem. Neste modelo não existe qualquer ajuda à condução, tudo está a cargo de quem o conduz, a tracção traseira não ajuda e para os mais inexperientes (como eu!) é altamente provável que o carro andasse a dançar pela pista em busca de um rumo certo.

A verdade é que quando se conduz modernos Ferraris, Porsches, etc, é tudo muito mais fácil, a electrónica envolvida ajuda em tudo, já é raro fazer-se actualmente carros que nem todos conseguem conduzir. Até mesmo a TVR está a domar os seus modelos o que tem como consequência amaciar aquela imagem negativa que existia mas também eliminar a mistica de "carro indomável". O actual Dodge Viper também fez o mesmo, obedeceu a novas normas de emissão de ruidos e C02, domesticou-se mais um pouco, tornou-se mais "acessivel" e menos "bicho do mato". Ainda assim continua a fazer as delicias de todos os que apreciam uma dose de pânico ao volante! Eu continuo a preferir o modelo antigo! Uma vibora que morde os que não a sabem pegar!